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Postado em 17/01/2019 por Redação Rádio Cidade
Na contramão da interiorização do crime organizado e do crescimento da população, o Rio Grande do Sul caminha para ter menor número de policiais civis em quase quatro décadas. O Estado tem 873 agentes e delegados a menos do que no início dos anos 1980. São 4.976 responsáveis por investigar crimes, 48% abaixo do ideal. Há, em média, um servidor para cada 2.276 gaúchos. O efetivo não é o menor da história da Polícia Civil – em 2016, havia 50 a menos – mas representa o déficit a ser enfrentado pela nova cúpula da segurança. Na Brigada Militar, o cenário é similar: são 15 mil PMs a menos, o que significa ausência de 47% em relação ao que previsto em lei.
Num cenário de escassez de recursos, a Polícia Civil teme ficar ainda mais enxuta. Segundo o subchefe da corporação, Fabio Motta Lopes, 694 agentes estão aptos para se aposentar. Nos últimos cinco anos, 1.683 policiais civis deixaram a ativa no Estado. Somente em 2016, foram 535 baixas e, no ano passado, outras 247.
– Quando há indicativos de reforma na Previdência, a gente percebe um movimento grande de aposentadorias. Isso pode acontecer este ano – preocupa-se Lopes.
O subchefe confirma que o déficit obriga policiais a alterarem a forma de investigação. Em 2018, foram 693 mil ocorrências registradas pela corporação, ou seja, 139 por agente. No mesmo período, foram 222 mil inquéritos – média de 45 por policial. Caso o efetivo fosse o ideal, 9,7 mil, seriam 71 ocorrências e 22 inquéritos por servidor.
91,7FM
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